quarta-feira, 18 de abril de 2012

Greenpeace chumba "ecologia" dos serviços na nuvem

A Greenpeace publicou ontem um relatório em que avalia, de acordo com critérios ecológicos e de impacto ambiental, os servidores que alimentam a nova vaga de serviços alojados na nuvem. Gigantes como a Apple, Amazon ou Microsoft "chumbam" no teste, mas a responsável pelo iCloud já veio contestar os números da associação.

A Apple é destacada como um dos "piores" exemplos no grupo devido à forte dependência de energias poluentes como o carvão, "e carvão que é extraído das montanhas de Appalachia" (nos EUA), escreve Gary Cook, que assina o estudo, entitulado "How Clean is Your Cloud?".

De acordo com a análise 55,1% da energia usada pelos servidores de serviços cloud da empresa provém do carvão. A este valor somam-se 27,8% de energia nuclear, com a fabricante do iPhone a sair da análise com um "nível de energia limpa" de 15,3%.



Em reação às críticas, a empresa de Cupertino contestou os valores apresentados e disse, em entrevista ao Guardian, que os servidores do iCloud gastam um quinto da energia mencionada no estudo.

Um porta-voz da fabricante do iPhone acrescentou ainda que o seu centro de dados na Carolina do Sul será "o centro de dados mais amigo do ambiente alguma vez construído" e que "eventualmente" cerca de 60% da energia usada será proveniente de fontes renováveis.

Mas a Apple não foi a única "castigada" pela avaliação da Greenpeace. Das 14 empresas, consideradas pioneiras na migração para a computação na nuvem, há mais seis que apresentam "níveis de [recurso a] energia limpa" inferiores a 20%: Amazon, HP, IBM, Microsoft, Oracle e Salesforce.

A Oracle, Amazon e a Microsoft destacam-se também pela forte dependência do carvão. A avaliar pela tabela fornecida com o estudo, 48,7% da energia utilizada pela gigante das bases de dados provêm desta fonte altamente poluente e não renovável. No caso da Microsoft a percentagem é de 39,3 e na Amazon de 33,9%.



É também realçado, pela evolução negativa, o caso do Twitter, que surge com um "nível de energia limpa" de 21,3%, mas 35,6% de utilização de carvão. Os números revelam que a empresa se terá "desleixado" nas suas preocupações ambientais, mudando os seus servidores de áreas onde eram usadas energias renováveis para zonas onde é predominante o recurso a energias fósseis, aponta a Greenpeace.

Via Tek

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