sexta-feira, 6 de julho de 2012

O desemprego na UE coloca os jovens à borda de se tornar uma "geração perdida"



Em países como Espanha e Grécia, o índice e desocupação entre os jovens chega a 52,1%

Segundo um estudo de Gallup, o nível de desemprego real na União Europeia é muito mais alto que o publicado oficialmente, se calculado sobre a base da desocupação entre mulheres e homens.

Na Espanha, o desemprego entre as mulheres alcança 41% e entre os homens 36%, enquanto que na Grécia se localiza em 59% e 54% respectivamente.

Os níveis de pessoas sem trabalho seguirão crescendo já que, segundo analistas, a economia da zona do euro se encontra em recessão este ano, tendo em conta que seis países do bloco monetário já estão em recessão, com dois trimestres consecutivos em declínio econômico.

As preocupações sobre a crise da dívida e o futuro da moeda europeia exercem pressão sobre a atividade econômica na zona do euro. As empresas cortam postos de trabalho ou adiam a contratação de empregados, já que a confiança na economia se debilita, enquanto muitos governos implementam programas para reduzir custos, incluindo grandes cortes no setor público. Um total de 17,6 milhões de pessoas se encontravam sem emprego na zona do euro em maio, segundo estatísticas oficiais.

A taxa de desemprego mais alta se registrou na Espanha, onde 24,6% estavam sem trabalho em maio. No geral, 52,1% dos jovens estavam desempregados nesse país, assim como na Grécia.

A Europa se priva do futuro?

Um dos riscos mais significativos desta situação é a probabilidade da aparição, na Europa, da chamada "geração perdida", disse o chefe dos especialistas da BKS Express, Dmitri Shishov, citado por expert.ru.

Os jovens que agora devem construir suas carreiras, não têm a oportunidade de desenvolvimento. E se a crise se prolonga, o assunto se converterá em uma verdadeira dor de cabeça já que levaria não apenas a uma estratificação social, mas também ao crescimento dos protestos.

Segundo os últimos dados estatísticos, resulta duro para uma pessoa na Espanha, Itália e França sobreviver com uma só renda, se deduzidos os impostos.

"Os políticos e as partes interessadas da UE compreendem a catástrofe potencial de uma "geração perdida", mas ainda são impotentes para deter o crescimento do desemprego entre os jovens", conclui Andrea Broughton do Instituto de Estudos sobre Emprego de Londres.

Além do mais, o problema se agrava pela tendência atual de envelhecimento da sociedade.

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