segunda-feira, 23 de julho de 2012

Super-ricos escondem mais de U$ 21 trilhões em paraísos fiscais

Sonegadores de impostos ricos, ajudados por bancos privados exploraram brechas nas leis e  esconderam mais de U$ 21 trilhões em contas ocultas, diz o relatório. O capital drenado de alguns países em desenvolvimento desde 1970 seria suficiente para pagar as dívidas nacionais.

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Os resultados mostram que o fosso entre os que têm e os que não têm é muito maior do que se pensava anteriormente.

O documento, intitulado The Price of Offshore Revisited, foi encomendado pelo grupo The Tax Justice Network e vazou para o Guardian. O relatório apresenta a avaliação mais detalhada da economia offshore até à data.

"O problema aqui é que os ativos desses países são ocupados por um pequeno número de indivíduos ricos, enquanto as dívidas são postas nos ombros das pessoas comuns desses países através de seus governos", escreveu Henry James, especialista em paraísos fiscais e ex-economista chefe na consultoria McKinsey em seu relatório.
A riqueza dos super-ricos é "protegido por uma quadrilha altamente remunerada e trabalhadora de facilitadores profissionais da banca privada, indústrias de contabilidade, jurídicas e de investimento aproveitando a cada vez mais sem fronteiras, sem atrito economia global."

Henry escreve que uma grande parte do tesouro de trilhões de dólares pertence a cerca de 92.000  indivíduos, uma classe de elite de super-ricos que compõem 0,001 por cento da população global.


O relatório registra o fluxo de capitais de países em offshores nas últimas décadas. A Arábia Saudita viu quase 300 bilhões de dólares drenados da sua economia desde os anos 1970, enquanto a Rússia viu quase $ 800 bilhões deixar a sua economia em ativos ocultos desde a queda da União Soviética. A Nigéria emitiu uma perda de US $ 300 bilhões desde meados dos anos 1970.

Henry aponta aos dez maiores bancos privados, como UBS e Credit Suisse, por ajudar clientes ricos a sonegar impostos. 

Sistema bancário - totalmente corrupto

 
Na semana passada o Senado americano lançou um relatório condenando as ações do banco britânico HSBC. O relatório revelou evidência do enviolvimento do banco em casos de lavagem de dinheiro.
 
Referia-se a U$ 7 bilões de dólares em dinheiro que cruzaram a fronteira mexicana para os EUA e foram depositados no HSBC entre 2007 e 2008. O relatório sugere que bilhões de dólares poderiam ter vindo da venda de drogas no México.

O relatório também lançou luz sobre outras numerosas instâncias onde o banco ignorou as regras americanas, potencialmente financiando terroristas e traficantes no processo.

O G-20 pediu repetidamente o fim dos paraísos fiscais desde a crise de 2008, mas esses planos ainda não foram implementados.

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