domingo, 19 de agosto de 2012

11 Mitos sobre a crise mundial







Os analistas analisam os principais mitos por detrás da crise mundial, deixando claro sobre quem se beneficia com ela.

1. A economia dos EUA necessita da crise

Este mito tem direito de existir, afirmam os economistas. "A economia dos EUA se baseia em parte dos fenômenos de crise, os transtornos financeiros e os conflitos de poder locais, já que, de vez em quando, o excesso de liquidez impressa deve ser aplicada em algum lugar, mas não se trata de um esforço especial por manter tensões nas plataformas financeiras em seu próprio benefício", explica Anna Bodrova, analista de Investcafe, a Rb.ru.

Ademais, os analistas compartilham da opinião de que as principais economias mundiais, incluída a dos EUA, tendem a "exportar" a crise aos países em desenvolvimento para reduzir seu impacto em sua própria economia.

2. Os banqueiros não pagam a crise

"Em japonês a palavra 'crise' é constituída de dois hieróglifos 'perigo' e 'oportunidade'. Qualquer exacerbação cria novas oportunidades e resulta mais fácil se aproveitar delas quem possui mais dinheiro e experiência. Assim que os bancos possam lucrar com a crise, já que dispõem de mais capacidades para conseguir do que as gentes comuns", indica Ilya Balákirev da UFS Investment Company.

3. Taxas de interesse pelas nuvens

Os economistas afirmam que se a situação se desenvolve de forma desfavorável, o aumento das taxas de interesse, que já se deixa sentir, poderia continuar, ainda que o processo tem seus limites, pois a demanda de empréstimos se reduziria muito com o incremento das taxas. Sem embargo, atualmente se observa a situação inversa: as autoridades tratam de amortecer a crise com dinheiro, o que levou a uma derrubada das taxas.

4. Não apostar tudo em uma moeda

Os economistas insistem em que não devemos pôr todos os ovos na mesma cesta, e sugerem diversificar as ações em três direções: no dólar, no euro, e na moeda nacional, ou investir em propriedade.

5. O 'milagre' dos dólares e dos peixes

Os especialistas indicam que se dão condições para pensar em um eventual caso do dólar, mas que EUA contam com um antídoto poderoso. "Somente pelo fato de que EUA tem a capacidade de lançar sua máquina de imprimir moeda, os dólares não se converterão em envoltórios de caramelo. Até o momento todas as injeções de liquidez da Reserva Federal (FED) somente impactavam positivamente no dólar. Somente a renúncia de usar o dólar como moeda de reserva poderia ser capaz de derrubar o dólar", indicou Ilya Balákirev, da UFS Investment Company.

6. A Alemanha largará a Europa de mão?

Os economistas não descartam esta opção, mas a Alemanha também sofrerá caso de que se produza uma descomposição da zona euro. As perdas do colapso poderiam ascender em 10-30% do PIB.

7. China, em resgate?

Os especialistas instam às principais economias a unir esforços dentro de uma estratégia unida de recuperação econômica. Ademais, se afirma que gradualmente o papel de locomotora econômica vá a recair em países onde os recursos de salto tecnológico ainda não se esgotaram, como China ou Índia.

8. A Rússia sobreviverá com suas reservas?

Os especialistas coincidem em afirmar que na primeira onda da crise a Rússia logrou conservar suas reservas internacionais e não gastá-las. Agora a situação é similar em termos de reservas. Ademais, a Rússia reconhece a existência de uma influência externa forte e está preparada para introduzir medidas anti-crises consistentes.

9. Oriente Médio inflama o petróleo

 Os conflitos não animam subir o preço do petróleo tanto como EUA. "O conflito [atual no Oriente Médio] favorece o petróleo, mas isto se aplica somente a uma variedade Brent. O WTI cota 17 dólares mais barato, o que é efeito do conflito. O petróleo caro é, em maior medida, uma consequência das injeções de liquidez do FED", disse Ilya Balákirev da UFS Investment Company.

10. Onda mundial de descontentação social

Os economistas não descartam este cenário, já que as economias debilitadas ainda não acumularam os recursos necessários e não tomaram medidas importantes anti-crise. Ademais, as implicações sociais e políticas virão em primeiro plano.

11. Declíneo da UE?

Os economistas opinam que a probabilidade de que a UE, tal como a conhecemos, mude é muito alta, mas as autoridades dos países europeus emprenderão todos os esforços para atrasar o processo, já que é negativo para todos.

"Em certo sentido, o colapso da situação euro é similar à decadência da União Soviética", afirma Balákirev.

Via RT

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