sábado, 4 de agosto de 2012

Colonos israelenses destroem oliveiras de palestinos

Ao se aproximar do assentamento israelense de Nachliel, as oliveiras pertencentes aos palestinos, arrancadas por colonos judeus, vão se sucedendo na beira da estrada, uma prática denunciada como expansionista.
Sur cette photo d’archives une Palestinienne se promène entre des oliviers arrachés.    Abbas Momani/AFP
Tanto na opinião dos habitantes como das agências da ONU e ONGs, a violência mostrada por uma fração extremista de colonos reflete, ademais de fricções entre populações antagônicas, uma evidente vontade de expansão. 

"A primeira vez, foi em 2005", conta uma habitante, Maysam Abdallah, de 50 anos. "Estavamos cultivando quando disseram 'se não forem embora imediatamente, amanhã já não haverão árvores'. No dia seguinte mais de 60 oliveiras foram cortadas".

"Esse ano, os colonos arrancaram mais de 300 árvores, quantas vezes já o fizeram?" suspira essa habitante de Beitilu, ao noroeste de Ramalá, na Cisjordânia ocupada, que também afirma ter sido agredida pelos colonos.

En julho, o Alto Comissariado para os Direitos Humanos da ONU, a UNICEF, as ONGS isralenses e palestinas B'tselem e Al-Haq e o Programa Ecumênico de Acompanhamento da Palestina e Israel (EAPPI), alertaram sobre os ataques dos colonos.

Estes ataques contra os palestinos e suas posses aumentaram mais de um terço entre 2010 e 2011 e cerca de 150% entre 2009 e 2011 (167 em 2009, 312 em 2010 e 411 em 2011, segundo a ONU).

Os habitantes descobrem também, penduradas nas árvores, ameaças em árabe, algumas delas sacadas de versos do Corão.

Saleh Darwich, um agricultor de 60 anos, que pessoalmente perdeu 18 oliveiras, acusa os estudantes do seminário talmúdico da colônia judia. No 1 de maio, arrancaram 102 árvores em um dia, é necessário muitos colonos para fazer isso"

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