quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Guerra contra o tráfico é negócio multimilionário aos EUA



Empresas de segurança dos Estados Unidos voltaram logo do auge da violência no país e da guerra contra o narcotráfico, de acordo com uma investigação de El Diario de El Paso.

James Richmon, treinador experiente em armas para a empresa Special Tactical Services, disse que dependências oficiais e empresas mexicanas contratam serviços de treinamento em uso de armas sofisticadas de origem europeu e asiático, devido a que bandas do crime organizado utilizam este tipo de armamento.

Richmon disse que seus serviços são contratados por dependências governamentais e empresas privadas mexicanas, ainda que não quis especificar durante a última Convenção de Segurança Fronteiriça.

"Temos treinadores fazendo serviços no México, claro. Lhes mostramos como usar armas que o narcotráfico está usando já", armas como AK47 ou AK40, que é a arma que portava Osama Bin Laden quando foi assassinado".

Da mesma forma disse treinar a agentes estadounidenses que se encontram em território mexicano.

"Quando nossos agentes topam com narcotraficantes que usam AK74 ou uma metralhadora M240, vão perguntar o que fazer. E é aí onde nós entramos", salientou ao El Diario.

A empresa Special Tactical Services é propriedade de um veterano de guerra. A empresa assegura ter "extensa experiêcia em prover armas, munições, proteção e treinamento tático ao governo dos Estados Unidos, contratantes de defesa privada e entidades privadas seletas".

Special Tactical Services foi criada no ano de 2000 e desde então trabalhou "próximamente" com o governos estadounidense.

The Washinton Post publicou em Janeiro deste ano que com a guerra do Iraque finalizada e com a presença das tropas norteamericanas à baixa em Afeganistão, os contratantes estadounidenses em segurança buscam novos prospectos no México, "onde a violência ligada ao crime organizado criou uma crescente demanda para profissionais no assunto".

"Logo de anos de lucrativos trabalhos no Oriente Médio e Ásia Central, onde sua presença foi em ocasiões manchada por incidentes de uso excesivo de força e más condutas, distintas firmas de segurança buscam entrar no México com um enfoque ligeiramente distinto devido às restritivas leis de portação de armas que existem no país", agregou.

Suas novas tarefas deverão se limitar a trabalhos como consultores e treinadores técnicos às forças de segurança mexicanas, ou como assessores de segurança de poderosos empresários, segundo o diário.

A contratante DynCorp International, especializada em operações por ar e satélites, força terrestre e naval, conta com vagas no México para instrutores de aviação e mecânicos; Kroll está buscando especialistas antisequestros para proteger empresários mexicanos; a companhia MPRI treina soldados mexicanos em técnicas de contrainsurgência, disse The Washington Post.

Nada novo: desde 2007, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos convidou cinco empresas contratantes - nome que se lhes dá às Companhias Militares Privadas por brindar seus serviços por contrato - a trabalhar com o CNTPO (Counter Narco Terrorism Program Office), a oficina do Exército estadounidense que opera dentro do Plano Mérida.

De acordo com uma nota do Times Army publicada em ISR Journal e firmada por Paul Richfeld, estas cinco empresas se dividiríam um orçamento de 15 bilhões de dólares a se pagar em cinco anos. Entre este grupo seleto se confirmou naquele então a participação de dois: ARINC, "um provedor de sistemas de comunicação aéreos" (aviões helicópteros entre outros) e a PMC Blackwater USA (atualmente Xe Services), denominada por seu dono, Erick Prince, "a quinta coluna do Exército estadounidense".

Via ANN

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