segunda-feira, 15 de abril de 2013

Argentina denuncia que Grã-Bretanha lançará mísseis nas Malvinas

O Ministério de Relações Exteriores Argentino advertiu hoje sobre a "nova demonstração de desprezo do Reino Unido pelas resoluções das Nações Unidas", confirmando que o governo argentino foi informado que, a partir de hoje até 26 de abril, serão realizados novos exercícios militares no território argentino ocupado, incluindo o lançamento de mísseis a partir das Malvinas.



Através de um comunicado, o Ministério advertiu que essa situação "não só constitui uma nova demonstração de desprezo do Reino Unido pelas resoluções das Nações Unidas, que chama ambas partes a retomar as negociações de soberania e absterem-se de introduzir modificações unilaterais na situação enquanto dure a controvérsia, como também uma nova provocação contra a Argentina".

Nesse âmbito, afirmou que "nosso país manifestou sua vocação para encontrar uma solução pacífica e definitiva à disputa mediante negociações bilaterais com o Reino Unido, tendo em conta os interesses dos habitantes das ilhas, em conformidade com o mandato da ONU".

O documento argumenta ainda que ainda que a República Argentina "condene mais uma vez a persistência do Reino Unido na realização de exercícios militares em uma região caracterizada por sua vocação pacifista e que permanece livre de armas nucleares".

Continua que ainda que a Argentina "considere inadmissível essa nova ação unilateral britânica que não faz nada senão confirmar sua força militar justifica sua presença ilegítima no Atlântico Sul, refletindo seu desprezo aos pronunciamentos da comunidade internacional e, em particular, as preocupações manifestadas por toda região, através de vários pronunciamentos do Mercosul e Unasul, assim como a Cúpula Ibero-americana e a Cúpula dos Países Sul-americanos e Países Árabes (ASPA)".

Recorda ainda que, recentemente, a Reunião Ministerial da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, realizada em Montevidéu no último janeiro, se "expressou a grande preocupação diante do reforço da presença militar britânica no Atlântico Sul e o desenvolvimento das atividades ilegítimas de exploração de hidrocarbonetos pelo Reino Unido".

Por outro lado, desde o palácio San Martín se refletiu que "o governo argentino transmitiu ao governo Reino Unido seu mais formal e enérgico protesto diante dos mencionados exercícios e manobras militares, exigindo que se abstenha de realizá-los".

Ao mesmo tempo, relembra que "enviou notas para informar o secretário geral das Nações Unidas, o presidente do Comitê Especial de Descolonização do citado organismo internacional, o secretário geral da Organização Marítima Internacional e as presidências Pro Tempore do Mercosul, da CELAC e a Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, assim como o secretário geral do Unasul a realização de exercícios militares nas Ilhas Malvinas".

Via Cadena 3

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