segunda-feira, 15 de abril de 2013

Rússia proibe anúncios pró-aborto


 Rússia tomou muito a sério sua luta contra a baixa taxa de natalidade existente no país. Primeiro Rússia se posicionava contra o aborto e anunciava um projeto de lei para desqualificá-lo, posteriormente se aprovou um projeto de lei em que se obrigaria advertir sobre as consequências dos abortos na publicidade relacionada e agora, no parlamento russo se aprovou um novo projeto de lei para proibir os anúncios sobre o aborto.

O novo Projeto de Lei está promovido pelo Ministério da Saúde do país, em que se contempla o veto à interrupção da graviez seja através dos serviços médicos ou outras práticas que perseguem trancar a gravidez. Rússia arrasta desde a época da União Soviética, uma elevada taxa de abortos já que então o aborto era habitual para manter o controle da natalidade. Segundo um informe de alguns anos atrás, a taxa de aborto era a mais elevada do mundo, chegando a nada menos que 1,7 milhões por ano, claro, que eram dados oficiais e não se contabilizavam os abortos clandestinos pelo que a cifra poderia ser ainda bem maior.

Neste Projeto de Lei se pretende aumentar a idade de 14 a 15 anos, dos menores que já não requerem o consentimento paterno para submeter-se aos exames médicos e dar o consentimento para que sejam intervidos. Também se endurecerão as sanções a quem praticar abortos ilegais.

Vladimir Putin anunciou em seu momento um investimento de 1.5 bilhões em rublos em projetos demográficos, muitas pessoas acreditavam logicamente que uma pate deste dinheiro se destinaria a ajudar as famílias para fomentar a natalidade, mas disto não se falou. Parece ser que as campanhas se centram unicamente em proibir e sancionar, não se fala de ajudas, assessoramento e seguimento médico ou outras questões relacionadas com a criança dos filhos. Alguns parlamentários se opuseram a este Projeto de Lei, denunciam que muitas famílias pobres não podem enfrentar os gastos da crianças de um filho e que dever-se-ia brindar-lhes algum tipo de ajuda, não agravar ainda mais a situação ao ter uma boca mais a alimentar, o fomento da natalidade passa pela educação, conscientização e ajudar do Governo.

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