terça-feira, 7 de maio de 2013

Putin: A Rússia não irá tolerar mais ataques contra a Síria!


Respostas diplomáticas negativas estão perseguindo Israel após os ataques de sua força aérea na Síria. Em primeiro lugar, eles parecem não ter tido qualquer efeito na bem-sucedida intervenção militar do Hezbollah em prol do regime de Assad, ou na guerra síria como um todo. Em segundo lugar, o Primeiro Ministro Israelense, Benjamin Natenyahu, enquanto em Shanghai, nesta segunda (dia seis), levou uma ríspida reprimenda do Presidente Vladimir Putin; um aviso de que a Rússia não irá tolerar qualquer outro ataque israelense em Damasco e que irá responder.

Putin não disse como, mas ele anunciou que deu a ordem para a aceleração do fornecimento de armamentos russos altamente avançados para a Síria.

As fontes militares do DEBKAfiles’s revelaram que o líder russo se referia ao sistema anti-aéreo S-300, e o míssil de superfície, com capacidade nuclear, 9K720 Iskander (chamado de SS-26 Stone pela OTAN), que são precisos o suficiente para acertar um alvo, em um raio de 5 a 7 metros, a uma distância de 280 km.

Em sua chamada telefônica a Netanyahu, o líder russo não fez rodeios sobre sua determinação a não permitir que os EUA, Israel ou qualquer outra força regional (ou seja, Turquia ou Qatar) derrube o Presidente Bashal al-Assad. Ele aconselhou o primeiro ministro a não esquecer disso.



Nossas fontes dizem ainda: Desde que os times de defesa aérea da Síria já treinaram na Rússia o manuseio das baterias interceptadoras S-300, elas podem começar a operar logo que sejam descarregadas por um dos voos diários de suprimentos russos para a Síria. Oficiais de defesa aérea russos vão supervisionar o seu colocamento e prepará-los para operar.

Moscou está retaliando não apenas pelas operações aéreas israelenses na Síria, mas se antecipando à decisão iminente do governo Obama de mandar o primeiro carregamento de armas estadounidenses aos rebeldes sírios.

Agências de inteligência em Moscou e no Oriente Médio tomam como certo que, quando Washington anunciar publicamente sobre a decisão, algumas das facções rebeldes já estarão munidas de armamento estadounidense.

O fato dessas medidas estarem caminhando foi demonstrado pela introdução na segunda-feira,  por Bob Menendez, diretor do Comitê do Senado para Relações Internacionais, da lei que permite aos EUA prover armas e treinamento militar aos rebeldes sírios.

Instrutores militares estadounidenses têm trabalhado com rebeldes sírios em campos de treinamento na Jordânia e na Turquia há alguns meses. Então, colocar armas em suas mãos apenas aguardou a decisão em Washington.

A mensagem de Putin a Netanyahu pretende chegar a uma audiência maior que Jerusalem, como Barack Obama em Washington e Presidente Xi Jinping em Pequim, antes da conversa de Netanyahu lá, na terça-feira.

Portanto, quando o Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, aterrissou em Moscou aquele dia, numa tentativa de “construir uma ponte” entre os governos sobre o conflito sírio, ele foi precedido por uma barreira de condenações russas quanto aos ataques israelenses em Damasco “como uma ameaça para a estabilidade regional”, um firme aviso do ministério de relações exteriores russo, para que o “Ocidente” para de “politizar a situação das armas químicas na Síria”, e a “preocupação de Moscou de que a opinião pública mundial esteja sendo preparada para um possível intervenção militar estrangeira.”

Em outras palavras, o líder russo rejeitou antecipadamente e com as duas mãos, qualquer tentativa dos EUA de usar os ataques aéreos israelenses como alavanca para um acordo com Moscou para terminar a guerra síria. O suprimento de armas dos EUA para os rebeldes seria, ademais, igualada por um aumento do fornecimento de armas para o regime de Assad, o qual Putin está totalmente comprometido a preservar.

Karry planejava encontros cara-a-cara com oficiais russos, na terça-feira, tendo como assunto principal a Síria, mas também para discutir a posição russa sobre as bombas de Boston, e esperava por cooperação quanto às questões nucleares do Irã e da Coréia do Norte.

A frieza do governo chinês para com Israel foi demonstrada menos diretamente do que a de Moscou, mas não menos firmemente. O líder palestino Mahmoud Abbas foi convidado a visitar Pequim e encontrar o Presidente Xi dois dias antes da chegada do primeiro ministro [Netanyahu] à capital chinesa (na terça-feira), para começar a parte oficial de sua visita. O presidente chinês revelou seu plano de paz antes de encontrar o primeiro ministro israelense.

Este plano enfatiza, como chave para um acordo, o direito palestino ao um Estado nas bases de 1967, com a Jerusalem Oriental como sua capital. Ele também adota as condições de Abbas para uma conversa, incluindo o cessar das atividades de colonização, o fim do bloqueio a Gaza e o “tratamento adequado” para a questão dos prisioneiros palestinos.

Claramente, o primeiro ministro Netanyahu teria sido mais sábio em adiar sua visita à China ao invés de ir embora enquanto os ataques da força aérea israelense ainda ressoam em Damasco. Ficando em casa ele teria demonstrado ter uma mão mais firme e estável no leme.

E após deixar o país, ele teria feito bem em não vagar por Pequim por dois dias primeiro. Isso deu a chance ao líder russo de achá-lo despreparado e de passar-lhe uma forte e pública reprimenda, então atrapalhando a agenda de Netanyahu nas próximas conversas com os líderes chineses.

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