quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Eleições chilenas têm embate teológico


No Chile, frente a segunda etapa das eleições presidenciais, as candidatas se desafiam no domínio teológico.
Em resposta às declarações de Evelyn Matthei, candidata da direita, Michelle Bachelet, da Nova Maioria, recordou na quarta-feira que Chile é um país laico, desde sua separação da igreja em 1925.

"Nem o Estado nem esta candidata vão obrigar qualquer igreja nem pessoa que faça nada que vá contra sua consciência", adiantou a candidata centro-esquerda à La Moneda.

Não obstante, depois de se reunir com um grupo de profissionais evangélicos, Bachelet salientou que o Estado é o ente que aproxima o caminho para que todas as igrejas levem adiante o exercício de sua espiritualidade e religião.

Durante a cerimônia celebrada no domingo pelos 100 anos da Catedral Evangélica do Chile, Mattheu se comprometeu diante do mundo evangélico a não fazer nada que contradiga a Bíblia se no próximo 15 de dezembro for eleita nova presidenta, além de lutar contra o laicismo promovido por sua rival.

Da mesma forma, a ex-ministra do Trabalho direitista sublinhou o vínculo matrimonial entre um homem e uma mulher, e que a vida se cuida desde o momento da concepção até a morte natural. "Não ao aborto, não à eutanásia".

Assim, Matthei advertiu a nação chilena que não chore por um Chile absolutamente laico, quando não tratou de parar este movimento mediante as urnas.

No último 17 de novembro, a expresidenta alcançou 46,67% das intenções contra 25,01% de Matthei. Como nenhuma conseguiu maioria absoluta, se realizará a segunda etapa no próximo 15 de dezembro, em um momento em que as pesquisas dão vitória à Bachelet, exgovernante socialista (2006-2010).

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