sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Bitcoin, a nova ferramenta de opressão econômica

Recentemente ganhou destaque entre os meios virtuais e revistas sobre assuntos econômicos uma moeda digital conhecida por bitcoin, que dispensa a gerência de instituição financeira por usar um banco de dados distribuídos e permite transferências anônimas. Esse tipo de virtualização monetária vem ganhando adesão em especial nos meios libertarianistas, uma vez que não há intervenção governamental na emissão e nas políticas monetárias. Mas na prática existem muitas implicações econômicas, sociais e políticas muito mais sérias do que meras "liberdades" de transações.



De natureza instável quanto ao câmbio, era cotada em março de 2013 a US$ 37,00, sendo cotada em novembro de 2013 a US$267,00, e a mais de US$ 1.000,00 do início de dezembro (Atualização: com queda de US$ 300,00 no dia 07/12). Porém sua oferta tende a 21 milhões com o passar do tempo, conforme o pré-definido pelo protocolo bitcoin. Mas assim como sua cotação dispara, também ocorrem quedas bruscas de valor.

Para o Economista E. J. Fagan, transações na moeda eletrônica facilitam operações de lavagem de dinheiro, num mercado de bilhões de dólares. Fragan ainda alerta que não apenas delinquentes, como também traficantes de drogas, de armas ou donos de cassinos podem recorrer a tal moeda para realizar suas operações ilegais.

A moeda tem fama no meio virtual como meio preferido de pagamento para fins como trafico de armas, drogas, contrato de assassinos de aluguel e outras atividades criminosas, como o mercado negro online Silk Road.

Uma pesquisa liderada por um ex-funcionário do FMI demonstra que as operações financeiras nesse tipo de moeda virtual agravariam significativamente a desigualdade e a concentração de riquezas. Ainda mais se levado em conta que grande parte da oferta da moeda se encontra sob poder de interesses especulativos, que apostam na hipervalorização com esperança de que no futuro seja aceita como as moedas atuais (Euro, Dólar, Real, etc).

O meio libertario argumenta a favor da bitcoin pelo simples fato de que não precisa da gerência de uma instituição central para regulamentar e emitir a mesma, porém é constatável que se trata de mais uma estratégia de desnacionalização das economias, incentivo a atividade especulativa, concentração de poder aquisitivo (uma vez que tal moeda é gerada a partir da "garimpo" feito por computadores, o que demanda enorme poder de processamento, e que se torna mais difícil com o passar do tempo).

De certo nem todos os interessados no uso de tal moeda tenham por objetivo atividades questionáveis. Provavelmente  tal moeda vem se mostrando como alternativa deus ex machina, principalmente frente a turbulências econômicas no plano internacional, e em detrimento de outras alternativas, como moeda lastreada (o que Gadaffi tentou implantar antes de seu país ser invadido por terroristas com o apoio da OTAN) ou moedas locais.


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