quinta-feira, 13 de março de 2014

Dispara a popularidade de Putin aos 71%



O presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem o apoio de 71% dos russos, segundo uma pesquisa divulgada hoje pelo Centro Russo de Estudos da Opinião Pública (VTsIOM, em siglas russas), dependente do Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais.

De acordo com os sociólogos do VTSIOM, desde meados de fevereiro, quando estourou a crise na Ucrânia, o apoio à política do chefe do Kremlin subiu 9,7 pontos porcentuais e alcançou seu ponto mais alto desde maio de 2012 (68,8%), quando Putin iniciou seu terceiro mandato como presidente da Rússia.

Para os 64% dos participantes na pesquisa o acontecimento mais importante da semana passada foi a crise na Ucrânia e a situação da Crimeia, enquanto que 32% tendeu à inauguração dos Jogos Paraolímpicos de Inverno em Sochi, Rússia.

A pesquisa, com margem de erro estimada em menos de 3,4%, foi realizada nos últimos dias 8 e 9 em 130 cidades de 42 das 83 entidades da Federação Russa.

Diferente dos presidentes ocidentais, o presidente russo costuma obter índices de aprovação altos. Ainda que as pesquisas mostravam que desde há 5 anos havia uma tendência à baixa desde o máximo obtido em 2008 (70%).

Segundo os resultados do instituto independente Levada Center em dezembro, 61% dos entrevistados aprovava a atividade de Putin, enquanto que 35% não aprovava, o que se supunha 29% em diferencial a favor do presidente russo. Em qualquer caso se tratava de um dos índices mais baixos em seus anos de governo.

Alguns analistas salientaram que a inflação e a desaceleração econômica fez baixar a aprovação pública do presidente. "Diante de um cenário com preços em constante aumento, várias pessoas veem poucas perspectivas de mudança positiva na situação (econômica)", disse o vice-diretor da Levada Alexei Grazhdankin, se referindo ao que em sua visão seria o principal fator negativo sobre a qualificação de Putin.

Por sua vez, é muito provável que a tensão em torno da Ucrânia e na Crimeia tenha consequências econômicas. Por ora a UE e os EUA ameaçaram com sanções, talvez haja uma provável desvalorização do rublo e se produza uma queda das bolsas. Por sua vez, a Rússia anunciou que também responderá.
 

via RBTH

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